Cruise 2026 da Chanel: bolsas protagonistas e o toque Visconti no Lago di Como

Com ares de cinema italiano e uma elegância digna da realeza da moda, a Chanel apresentou sua coleção Cruise 2026 em um dos cenários mais encantadores da Europa: a Villa d’Este, à beira do Lago di Como. O desfile, que aconteceu antes da estreia oficial de Matthieu Blazy como novo diretor criativo, foi uma celebração da estética clássica italiana, costurada com a precisão da maison francesa — e com um detalhe importante: os acessórios, especialmente as bolsas, roubaram a cena.

A Villa d’Este, histórica propriedade que já recebeu reis, atrizes e jet-setters globais, serviu de passarela e pano de fundo. Com jardins simétricos, fontes barrocas e vista para as águas tranquilas do lago, o espaço evocava a grandiosidade do cinema de Luchino Visconti, cineasta que inspirou a paleta de cores e as silhuetas nostálgicas da coleção. Fernanda Torres, convidada especial da maison, foi uma das primeiras a aplaudir o desfile — e não poupou elogios aos detalhes.

Sim, os looks eram lindos, mas foram as bolsas que deixaram fashionistas em estado de atenção máxima. Minibags com alças em corrente e couro trançado, clutches com estruturas esculturais, modelos com acabamento em bordado de pérolas e tons que iam do lavanda ao dourado envelhecido. Tudo remetia à Riviera Italiana dos anos 1950, com uma estética que combina perfeitamente com os desejos da mulher contemporânea: sofisticação com praticidade, atemporalidade com charme.

Apesar de ainda estarmos na transição para a era Matthieu Blazy, o time de design da Chanel mostrou sua força criativa, reafirmando os códigos visuais da marca — e deixando claro que os acessórios continuam sendo um dos maiores trunfos da maison. As bolsas da coleção Cruise 2026 são, ao mesmo tempo, peças de moda e itens de desejo com potencial de se tornarem verdadeiros ícones.

Donata Meirelles é consultora de estilo, atua há 30 anos no mundo da moda e do lifestyle.