O inverno 2024/25 criado por Maria Grazia Chiuri é inspirado nos looks sessentinha do início do prêt-à-porter da marca.
![Modelos desfilando na passarela da Dior com look de estampa de onça, incluindo conjunto de shorts e casaco curto, e outro em jeans com trench coat. Cenário decorado com grandes estruturas de junco iluminadas, sob um teto com gradeado geométrico](https://static.wixstatic.com/media/551b7f_18ba1f4951334214a03f254bbadc2426~mv2.jpg/v1/fill/w_980,h_653,al_c,q_85,usm_0.66_1.00_0.01,enc_auto/551b7f_18ba1f4951334214a03f254bbadc2426~mv2.jpg)
Conservar os códigos de feminilidade criados por Christian Dior, pensar o lugar da mulher na sociedade, conectar-se com a arte e enaltecer o legado da maison ao longo das décadas estão entre os pilares que sustentam o trabalho de Maria Grazia Chiuri na Dior.
Para o inverno 2024/25, desfilado na Semana de Moda de Paris, que começou nesta terça-feira (27), ela voltou os olhos para o fim da década de 1960, quando Marc Bohan estava no comando do estilo, e quando a linha Miss Dior nascia para dar conta do prêt-à-porter – Bohan foi o criador da linha A, que marcou o fim dessa década. Junto com o prêt-à-porter, apareciam as mulheres independentes, que começavam a sair de casa para ganhar o mercado de trabalho. Isso tudo resultou em um desfile de peças bem “sessentinha”, de linhas e cores elegantes, e com alguns itens que prometem virar tendência.
Veja as apostas da Dior para a temporada:
Onça
Onça é uma estampa clássica e muito chique. Quando é bem feita, é mais chique ainda! Caso desta coleção, em que a oncinha vai nos casacos e botas ao lado de outras estampas, como o quadriculado e o xadrez.
Franjas e brilhos
Não é comum ver elementos como franjas e brilhos nas coleções de Maria Grazia. Por isso, o item chama a atenção, em vestidos prontos para a festa.
Botas cuissard
As botas de cano bem longo vêm se mostrando uma tendência desta temporada. Elas evocam o sexy e também dão um certo peso ao look. Se você tem uma, hora de recuperar o item. Se não tem, fique de olho.
Arte no desfile
Em tempo: no quesito arte, a indiana Shakuntala Kulkarni foi convidada para assinar o cenário, composto de armaduras de junco, que funcionam como uma metáfora da restrição do corpo feminino nos espaços públicos. Já a artista italiana Gabriela Crespi é citada como referência para a coleção: inspiração para Marc Bohan à época, ela personificava essa mulher independente do fim dos anos 1960.
Donata Meirelles é consultora de estilo, atua há 30 anos no mundo da moda e do lifestyle.
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