Reptília no SPFW: o poder silencioso de vestir o que se acredita
- 14 de abr.
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Na moda — como na vida — estilo é muito mais do que tendência. É posicionamento. Foi exatamente isso que vimos nesta quarta-feira na São Paulo Fashion Week, quando a primeira-dama Janja Lula apareceu usando uma saia da Reptília para prestigiar o desfile da marca. O gesto, aparentemente simples, carrega camadas de simbolismo que valem ser lidas com atenção.

Fundada por Heloísa Strobel, a Reptília vem consolidando sua presença como uma das grifes mais potentes do novo design brasileiro. A marca aposta em roupas com propósito, silhuetas autorais, tecidos sustentáveis e uma estética que é ao mesmo tempo delicada e poderosa. É o tipo de moda que não grita, mas ressoa.
E não foi por acaso que Janja escolheu usar uma peça da grife naquele dia. Cliente da marca e defensora da moda feita por mulheres brasileiras, ela surgiu no backstage e recebeu elogios da própria estilista: “Ela não tem medo de expressar suas opiniões”, disse Heloísa, em entrevista exclusiva à Harper’s Bazaar.
O que se viu na passarela da Reptília foi um desfile poético, com peças que exploram textura, fluidez e o desejo por um vestir mais sensível — mas também mais político. Porque hoje, mais do que nunca, usar moda nacional é um ato de afirmação. É sobre celebrar o que é feito aqui, com identidade, autoria e coragem.
A presença de Janja no SPFW não apenas reforça esse movimento, como mostra que estilo e posicionamento caminham juntos. Que a moda brasileira vive um momento de maturidade. E que há, sim, força no gesto de escolher vestir o que se acredita.
Donata Meirelles é consultora de estilo e atua há 30 anos no mundo da moda e do lifestyle.
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