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Donata Meirelles: Quem é a gaúcha-havaiana que lutou pelo ouro na estreia do surfe nos Jogos Olímpicos

A mulher de sucesso do dia é Tatiana Weston-Webb, que começou a surfar com apenas oito anos



atiana Weston-Webb, surfista profissional, está parcialmente submersa no oceano enquanto segura sua prancha de surfe. Ela veste um traje estampado e olha para o horizonte com expressão serena. O fundo é composto por águas calmas e um céu claro ao entardecer
Nascida em Porto Alegre,Tatiana Weston-Webb vive no Havaí desde os 2 meses de idade. Imagem: Divulgação


“Gaúcha-havaiana” é como a mídia costuma se referir à surfista Tatiana Weston-Webb, que esteve entre os quatro atletas brasileiros a disputar medalhas na estreia do surfe como esporte olímpico nos Jogos de Tóquio 2021. Nascida em Porto Alegre, filha do surfista americano Douglas Weston-Webb e da bodyboarder brasileira Tanira Guimarães, ela vive no Havaí desde os 2 meses de idade. Aos 8 anos começou a surfar, acompanhando o irmão, Troy. Apontada como revelação internacional do esporte na temporada de 2015, Tati conta que a maior emoção veio ao conquistar a vaga nos Jogos de Tóquio e optar por defender o Brasil. “Não foi uma decisão difícil, porque o meu coração já havia se decidido”, revela. “Quero inspirar as pessoas através do esporte, principalmente as meninas brasileiras. Mostrar a elas que devemos correr atrás dos nossos sonhos, sempre”.


Durante uma brecha na intensa rotina de treinos, driblando o fuso horário e misturando sotaque americano com simpatia brasileira, Tati conversou com a coluna diretamente do Havaí.


Donata Meirelles: Qual é a sua primeira lembrança do surfe?


Tatiana Weston-Webb: Eu tinha 2 anos e meu pai me levou para a praia com uma prancha laranja. Era a praia onde ele e minha mãe se casaram. E eu me apaixonei imediatamente pelo mar e pelo surfe. É um esporte diferente, você está em contato permanente com o oceano e sempre sai do mar com uma energia incrível. Amei o surfe desde o primeiro momento – e continuo amando.


DM: Você ouviu que “surfe não é coisa de menina”?


TW: Poucas vezes. Tive a sorte de crescer enquanto o esporte evoluiu, especialmente o surfe feminino. As atletas passaram a receber mais apoio e respeito. Claro que ainda existem pessoas com esse pensamento antigo, mas estamos mostrando que o surfe é um esporte para todos.


DM: Quais são suas referências e inspirações?


TW: A maior referência no momento é Bethany Hamilton [surfista americana que sofreu um ataque de tubarão em 2003, teve o braço esquerdo amputado e voltou a competir um ano depois]. Um talento incrível, uma carreira incrível, uma vida incrível… ela é toda incrível! Além de ser a mãezona de três filhos.


DM: Qual é a maior lição do surfe?


TW: Saber aproveitar o momento. No surfe não se pode estar nem à frente, nem atrás da onda, mas na onda, totalmente atenta e focada no momento.


DM: Como descreveria o seu estilo de beachwear?


TW: Gosto de moda, mas fica difícil acompanhar vivendo no mar. Minha maior preocupação é estar confortável – e bem agasalhada, quando as águas são muito frias. O conforto sempre fala mais alto.



 


Falando de surfe…


Se eu fosse você, ouviria as palavras de Diana Vreeland, a editora de moda suprema: “Invejo os surfistas, porque o surfe é uma coisa linda. Viver entre o céu e o mar. Maravilhoso!”. Fiz minha seleção do mês pensando nisso.


Confira, na galeria de imagens abaixo, as indicações de Diana:





 

Dress Code: por dentro e por fora


O desapego como agente transformador


Adriana Aidar Haddad, Liliana Biondo e Ana Elisa Setubal (da esquerda para a direita) posam juntas em um ambiente interno. Adriana veste uma jaqueta de couro vermelha, Liliana usa um lenço estampado em tons de azul e vermelho, e Ana Elisa veste uma blusa dourada e uma jaqueta verde com detalhes de penas. Todas sorriem, transmitindo descontração e elegância
Adriana Aidar Haddad ,Liliana Biondo e Ana Elisa Setubal (da esquerda para a direita, respectivamente) criaram, há dois anos, o site de vendas online Oportunidade do Bem. Imagem: Divulgação

“Fazer o bem todos nós sabemos o que é, mas esse bem tem que se tornar uma ação transformadora”, diz Ana Elisa Setubal, com conhecimento de causa. Ela e as amigas Liliana Biondo e Adriana Aidar Haddad criaram, há dois anos, o site de vendas online Oportunidade do Bem, oferecendo roupas e acessórios doados, de alta qualidade, nacionais e importados, com o objetivo de gerar e compartilhar recursos. O resultado superou as expectativas do trio e gerou também o evento presencial Empório Oportunidade do Bem, com a parceria de renomadas marcas de moda e decoração.


As instituições assistidas são Child-hood Brasil (que atua na prevenção e enfrentamento da violência sexual contra crianças e adolescentes), Fundação Julita (de auxílio a crianças, jovens e famílias em situção de vulnerabilidade social) e Instituto GAS (de apoio e auxílio a moradores de rua na Grande São Paulo). As ações já renderam R$ 3 milhões. “Sou boa de marketing, a Adriana é uma vendedora nata e a Liliana, uma curadora fantástica, nos completamos.”


Colabore, doe e compre acessando oportunidadedobem.com.br ou @oportunidadedobem.


Coluna publicada na edição 88, lançada em junho de 2021.



Donata Meirelles é consultora de estilo, atua há 30 anos no mundo da moda e do lifestyle.




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